Com a devida autorização do autor, n/prezado colega
transcrevo um poema de sua autoria, publicado na revista Littérature nº 7 de Fevereiro de 2008, na cidade de Bruxelas Bélgica onde é colaborador:
POEMA DO AMOR POR UMA ÁFRICA DE CARNE
No 10 da Estrada de Catete a encontrei.
Eu ia correndo mundo, nesta ânsia de amar a África
Assim como quem ama uma donzela pura.
E ela ali estava à espera junto do irmão-imbondeiro,
À espera de qualquer coisa que não sabia.
À espera, simplesmente.
Ela era a África e eu que passava
Senti subitamente ciúmes da árvore.
Queria ser imbondeiro, um imbondeiro vivo,
Para apertar nos meus braços aquela África de carne
Que esperava, simplesmente, por aquilo que nem sabia.
No 10 da Estrada de Catete
Eu sonhei um dia ser imbondeiro
Para compreender esta terra grande
Num abraço quente de mulher
Esperando sem saber por um homem
Que fazia poemas de amor à África.
É por isso que agora para mim
A África é apenas um ponto e uma lembrança:
O 10 da Estrada de Catete, bem junto ao imbondeiro
Luanda, Fevereiro de 1967
João Silva Maia
Dr. João Silva Maia,
transcrevo um poema de sua autoria, publicado na revista Littérature nº 7 de Fevereiro de 2008, na cidade de Bruxelas Bélgica onde é colaborador:
POEMA DO AMOR POR UMA ÁFRICA DE CARNE
No 10 da Estrada de Catete a encontrei.
Eu ia correndo mundo, nesta ânsia de amar a África
Assim como quem ama uma donzela pura.
E ela ali estava à espera junto do irmão-imbondeiro,
À espera de qualquer coisa que não sabia.
À espera, simplesmente.
Ela era a África e eu que passava
Senti subitamente ciúmes da árvore.
Queria ser imbondeiro, um imbondeiro vivo,
Para apertar nos meus braços aquela África de carne
Que esperava, simplesmente, por aquilo que nem sabia.
No 10 da Estrada de Catete
Eu sonhei um dia ser imbondeiro
Para compreender esta terra grande
Num abraço quente de mulher
Esperando sem saber por um homem
Que fazia poemas de amor à África.
É por isso que agora para mim
A África é apenas um ponto e uma lembrança:
O 10 da Estrada de Catete, bem junto ao imbondeiro
Luanda, Fevereiro de 1967
João Silva Maia
África, esse Continente que nunca se esquece, e de cuja grandeza o imbondeiro é muitas vezes o símbolo.
ResponderEliminarUm abraço ao João Silva Maia
Teixeirinha
ResponderEliminarUm lindo poema do Dr. Silva Maia.
Já lhe conhecia a escrita, por vários livros já publicados.
Gostei de ler este.
Um abraço ao Dr. Silva Maia e um grande beijo para ti.
É bom irmos vendo notícias neste nosso blogue.
Ilda,
ResponderEliminarComo é bom podermos partilhar sentimentos através deste espaço. Mas felizmente, não deixaremos de em breve nos encontrarmos. O Borges Lopes e o Chilocas ficaram de marcar.
Como admitiste, o Joaquim Miguel ontem mesmo falou com a mãe. E fê-lo por duas vezes. E já hoje voltamos a falar e a vermo-nos pelo skype.
Abraço e beijinhos da família Teixeira para a família Simões