segunda-feira, 12 de maio de 2008

A Verdade


O texto que se segue circula na Internet via e-mail e, como eu, certamente milhares (centenas de milhares) de internautas o terão já recebido.
O que ali se diz é verdade. E levou a que, recentemente, eu próprio cancelasse uma conta na CGD em nome do meu filho. Foi uma conta aberta enquanto criança e ali tinha um pequeno "mealheiro" que julgava estar a salvo dos "amigos do alheio".
Puro engano! Com efeito nos últimos dois anos, pelo "mãozinhas" daquele banco, periodicamente (de dois em dois meses) e sem rebúcio, foram-lhe sendo retirados, alguns euros do seu, já de si, escasso pecúlio.
E nada justifica tal procedimento. Muito menos há razoabilidade no montante cobrado.
Não surpreende, por isso, que o responsável por estes actos, (agora no CA do BCP) se tenha vangloriado pelos resultados alcançados na CGD. É caso para dizer: assim, também eu.
Na Banca, em greal, e na CGD em particular, estamos a assistir a um autêntico assalto às nossas carteiras. E os carteiristas não vão presos?!
E são estes "assaltos" que justificam os elevados salários (sacos azuis e outras coisas que tais) dos "vampiros" que se dizem empresários (gestores públicos?) neste país onde cada vez há mais pobreza a par de fortunas sem explicação!
Isto não pode deixar de envergonhar os "simples" empregados bancários que são simples executores de uma política de saque aos clientes da banca.
Associo-me ao protesto que o texto a seguir exprime.
E lamento que não haja lugar nas prisões para alguns destes "carteiristas".


"Caixa Geral de Depósitos – Os Vampiros do Século XXI ou o Socialismo Moderno** **

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.
A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços, incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas contas à ordem.
As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas, o estimado/a cliente é confrontado com a informação de que, para continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada trimestre um saldo médio superior a EUR 1.000,00 ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à respectiva conta. Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal.
É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR 243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.
Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria. *O mais escandaloso é que seja justamente **uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões * (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos. É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade.
Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso.

Divulga…*Mas divulga mesmo por favor **…* Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que nos atirapara a miserabilidade social.Este tipo de comentário não aparece nos jornais, tv's e rádios.... Porque será??? *
À pergunta final: 'Este tipo de comentário não aparece nos jornais, tv's e rádios....Porque será???' , eu respondo: porque a publicidade paga em páginas inteiras ou em anúncios com o Sr. Scolari, servem para calar a passarada da dita Comunicação Social... "

4 comentários:

  1. subscrevo e assino por baixo do nosso querido Teixeirinha.
    ARTUR MARTINS

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  2. Teixeirinha:

    Só continuo lá, porque têm um bom serviço de Banca ONLINE!

    De resto "não dão nada a ninguém", antes pelo contrário.

    Em vez de ter uma "contabilidade caseira", utilizo-os!('e o termo). Assim, vou tendo os meus registos do "deve e haver", em ordem, sem grande esforço, tendo um certo prazer de aceder a uma área que me é particularmente querida: a informática. SÓ POR ISSO e até ver!...

    Abraço, BL

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  3. Borges Lopes,
    A CGD não é, em boa verdade, melhor ou pior que os outros.
    Simplesmente a sua Missão e os seus Valores devem ser diferentes. E já foram!
    Digamos que devia continuar a ser o "banco dos pequenos depositantes", sem prejuízo de actuar no mercado em concorrência com outros.
    É certo também que, noutros tempos, os chamados "depósitos obrigatórios" eram a grande almofada do crédito concedido pela CGD e hoje já não o são.
    Mas o que vemos é uma actuação "contra" as pequenas poupanças, e no entanto os lucros da Instituição continuam, mesmo em tempo de crise, a atingir valores astronómicos.
    Uma parte certamente à custa das ditas comissões de manutenção, que em 2007 eram de 5,00 euros (bimestral e se não estou errado). Mas, entretanto, juros de DO eram "zero".

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  4. Teixeirinha,
    Ninguém gosta de perder e a Banca nunca perdeu.
    No entanto, há vários anos a esta parte, a Banca em geral, debita os seus Clientes por tudo e mais alguma coisa e assim vão Engordando
    os seus Lucros Astronómicos.
    Infelizmente, não se vê da parte de ninguém, soluções para o CAOS que se vem sentindo, a todo o nível, na Banca e em quase todos os sectores da vida nacional.
    Um abraço forte da
    Ilda Simões

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