domingo, 29 de julho de 2007

De malas aviadas.....





O mês de Agosto é tempo de férias por excelência.

E se alguns "mais apressados" por conveniência própria ou das respectivas entidades patronais já gozaram férias, a maioria prepara-se para um merecido descanso durante o "oitavo mês".
E os reformados vão de férias porque mudar, algum tempo, de "ambiente" é necessário e "faz bem à saúde"!

Tenho-me interrogado, frequentemente, se as férias não deveriam, antes, concentrar-se entre o sexto e o sétimo mês, coincidindo com o "meio do ano civil". Mas na verdade parece que Agosto se torna mais convidativo ao descanso, por ser aquele período do ano em que o calor mais se faz sentir. Ainda que, de vez em quando, S. Pedro pregue uma partida aos veraneantes.

Este ano, segundo as previsões o tempo estará mais quente.

Esta ideia de quente leva-me a fazer um parêntesis recordando o meu professor de Português na Escola Industrial de Luanda e na Escola Comercial de Vicente Ferreira - João Afonso Lima - quando nos corrigia dizendo: não é correcta a expressão "está calor"; devemos dizer "está quente" ou "faz calor", quando nos referimos a temperaturas elevadas. Está calor é, segundo as regras do bom português, uma expressão errada. Mas raramente utilizamos a forma correcta.

Voltando às férias, parece que por cá os Portugueses cada vez viajam menos. Como hoje se viu por uma pequena amostra de uma das TV's, o dinheiro não chega e é cada vez menos. E os que ainda se aventuram numas férias pelo estrangeiro, fazem-no recorrendo ao crédito. E nem sequer se dão conta de que irão pagar juros com taxas da ordem dos 16% a 20%. E a banca agradece!

Por mim, vou mais uma vez até terras do Norte, repartindo as férias entre Baião e Mirandela.

Dois locais de rara beleza e de onde é possível, numa viagem de algumas dezenas de quilómetros, disfrutarmos de paisagens maravilhosas. E melhores seriam se os incêndios, recorrentes, não destruíssem, sistematicamente, muitas centenas de hectares de floresta.

Já coloquei neste nosso blogue algumas fotos de Mirandela, hoje ofereço aos colegas (e visitantes) algumas fotos de Baião.

Espero que gostem. E se quiserem, apareçam. Há sempre lugar para bebermos um copo. E garanto-vos que é do bom!

Um abraço e boas férias

segunda-feira, 16 de julho de 2007

CARTAZ DE MEMÓRIAS

Há dias tive um sonho, para mim deslumbrante e por isso vou partilhá-lo convosco e passo a descrevê-lo:

Reportava-se ao ano de 1974 e esse sonho era mais um trajecto de uma parte do meu percurso de vida, nessa altura ainda, no BCA.

E vou então relatá-lo:


No meu sonho estava a entrar no Edíficio Sede do BCA. Entrei pela porta principal, onde se encontrava o Sr. Plácido da Nova, um dos pioneiros do
BCA, que se apressou a abrir-me a porta , com a sua deferência habitual.

Como muitos de vocês sabem, ou pelo menos, penso que recordam, no ano de 1974, a meu pedido, fui colocada por 6 meses na Tesouraria, onde em conjunto com o Eduardo Trindade, fazíamos o fecho geral diário da mesma. Entrei então pelo lado direito das instalações e comecei por cumprimentar a Maria Antónia P.Carvalho, mais tarde, também Paiva, pelo s/casamento com o Agnelo Paiva, a Miraldina e a Manuela Brito Loureiro, 3 das colegas da Secção de "Abertura de Contas", que se encontravam a preparar documentação para mais um dia em que iriam, certamente, arranjar mais uma ou duas dezenas de clientes, ou não tivessem elas sido escolhidas para essa Secção, pela s/boa apresentação, simpatia e comunicabilidade.

Andei um pouco mais e dei um aperto de mão ao Jorge Estevão, Chefe da Secção de Metrópole e Ultramar, que trocava impressões com o César João Rodrigues Augusto, com o Rui E. Sampaio e o Amâncio Coelho Ezequiel de Almeida. O Telmo Tavares de Matos iniciava o seu dia, falando com o António José Feijão Fontoura, com a Adelaide e a Maria Madalena Vilamariz Martins da Fonseca. O Herculeano do Quental Gouveia falava com a Lina Maria Carvalho Vieira e a todos cumprimentei, sorridente, com a alegria própria dos meus 28 anos e o conhecimento com todos , que me era trazido dos meus 12 anos de serviço na Secção de Pessoal, onde não havia quem eu não conhecesse, pois todos passavam por lá, antes de serem colocados.

Fui então cumprimentar o meu Chefe, na altura, o Sr. Angelo António da Silva Oliveira, Tesoureiro Chefe do BCA, o Trindade que já me esperava, sempre bom colega e de trato agradável para todos e para mim , além disso um bom professor de todo o trabalho da Tesouraria.

Já sentada na minha secretária (tinha ido substituir a Ilda Mendes, que se casara com o n/Director Joaquim do Carmo Amaral), olhei à minha frente e dei por mim a cumprimentar com um aceno de cabeça, o Fernando Cruzeiro e o Carlos Insua Gonçalves. O Joaquim Oliveira e o Delfim Alberto Nunes Beirão, que vinham da Casa Forte com os seu Baús, passaram por mim e foram eles a cumprimentar-me. Também dei um olá rápido ao J.Martins dos Santos, sempre com o cuidado que o meu Chefe não me chamasse a atenção, uma vez que estava na Tesouraria há muito pouco tempo e nas minhas novas funções, queria deixar boa impressão, como era de meu feitio e profissionalismo.

Já com tabalho entre mãos, olhei para a Secção de Estrangeiro onde o Sr. Mariano, Chefe dessa Secção, falava com o José Maria Pereira de Lima e com o Armando de Jesus Inácio. O George Barendse falava com o José Eduardo Alves Pacheco e a Katia, já batia à máquina o seu primeiro trabalho do dia, tal como a Manuela. O António M. Santiago Duarte e o Carlos Alberto Santiago dos Reis estavam a falar. Não sei se a conversa era de serviço ou se estavam a comentar o resultado do jogo de Basquetebol que tinha sido na noite anterior e com o resultado favorável aos n/colegas do BCA.

Lá no fundo da sala , mas que se via perfeitamente bem da Tesouraria, laboravam já as Secções de Depósitos e Posições e os seus Chefes, Fernando Sarmento e António Abrantes Castanheira, ladeados pelo Fernando da Silva Serra e pelo João Nuno de Castro e Paiva (irmão do Agnelo e do Rogério) . A seguir estavam os Mecanógrafos das máquinas NCR32, que já batiam os seus primeiros lançamentos do dia, fazendo talvez, como era uso deles regatas, para verem quem lançava mais, o que além de desembaraçar o trabalho, fazia com que alguns sobressaíssem de outros e fossem mais tarde premiados por isso, com uma promoção. Entre muitos lembro-me Rogério do Paço Afonso e outros.

Quando a "Caixa" Juliana veio pedir uma importância grande, para fazer os pagamentos dos vencimentos dos empregados da firma Cunha & Irmão, n/grande cliente, eu ofereci-me logo ao Sr. Oliveira, para ir eu à Casa Forte buscar aquele montante a fim de que ele já um pouco entrado na idade, não se cansasse, nem tivese de se levantar. Agradeceu-me todo contente e deu-me um molhe de chaves que pareciam as de S.Pedro. Disse-me quais as que tinha de usar e lá fui eu toda satisfeita por ir fazer aquele pequeno favor ao m/Chefe.

Subi os degrau e entrei então na Casa Forte, onde o Amadeu Oliveira (irmão do Camilo), o Helder Baeta e o Fernando da Silva Alves, se encontravam a contar e arrumar notas que de seguida iriam para a parte da Casa Forte, restrita ao Tesoureiro-Chefe e que estava dividida do sítio em que eles estavam por uma grade. Foi essa grade que eu me ofereci ao Sr. Oliveira , que confiava em mim e me deixava lá entrar, para abrir e retirar o numerário necessário, pois nessa época, estava vazio o lugar de Sub-Tesoureiro, pela saída do Camilo Oliveira. Entrei nessa parte, fechei a grade à chave e contei o dinheiro que era necessário para a Maria Juliana Matos e quando já estava pronta para sair e voltar a fechar a grade, eis que aparece na Casa Forte o Julio Manuel Pessoa Seabra, perguntando quem dali iria nesse ano de "Licença Graciosa" Respondi-lhe que ía eu no final de Maio e ele afirmou..."já não vais, porque houve um golpe de Estado no Puto" (palavra muito usada para definir Portugal) e que já não iria ninguém.


Aí penso que o meu coração bateu tão forte, que acordei desse sonho e caí em mim. Não era senão um sonho e voltei a ver-me com os meus 61 anos e não com os 28 de 1974, em Portugal, já sem carreira bancária, caindo na real.

No entanto já bem acordada, relembrei que nesse ano de 1974, ainda vim de "Licença Graciosa" por 4 meses, que todos os meses ia ter com o Sr. Anibal Barbosa e com a D. Maria Alice, para ir receber, na Rua de S. Nicolau em Lisboa e que regressei a Angola nos primeiros dias de Outubro daquele ano, onde permaneci até 27 de Julho de 1975, donde saí para n/etapas da m/vida em Portugal, onde ainda foram algumas e bem diferentes do meu cargo de bancária.

Para mim foi bom, recordar estes sítios e estes colegas amigos, que sempre o foram para mim. Mas agora, bem acordada, tomei conciência de que foi mais um sonho bom,para recordar velhos tempos. Espero, ter aberto também um pouco das v/lembranças, que não passou de

UM CARTAZ DE MUITAS DAS MINHAS MEMÓRIAS.

ILDA SIMÕES.



quinta-feira, 12 de julho de 2007

Poesia

A pedido do Nosso Amigo Luís Teixeira da Mota abaixo publico um soneto de sua autoria:




Lágrimas perdidas



Como folha caída do açude,
A notícia, brutal, rolou…
Levando com ela a juventude
Perdida, amada por quem amou.


Fiz-me ao mar, do sal mais amargo,
Agitando ecos da tua morte;
E o barco avançava para o largo
Vogando p´la noite, já sem Norte.


Quase trinta anos se passaram…
Mas um dia, num Maio florido,
Do Céu voltaste – anunciaram.



Sofri outra vez, alvoroçado
E conta a lenda que encontraram
Meu barco em lágrimas afundado.

À Gena, Amor perdido e reencontrado,
num acaso da Vida e por vontade de Deus
Lisboa, 7 de Junho de 2007

Luís Teixeira da Mota

terça-feira, 10 de julho de 2007

Ausências

Estamos muito ausentes, o Borges Lopes está muito bem no País das Túlipas e os outros incluindo eu, que é feito deles. Nem uma vírgula ou um aceno temos feito. Já sei que poderemos dizer: estamos a ficar velhos e pensamos fazer sempre qualquer coisa no dia seguinte, só que a história é de círculo vicioso.

Não estamos velhos, “velhos só os trapos”. O que estamos é mais comodistas e pensamos que haverá sempre alguém que nos substitua, mas não podemos pensar assim porque corremos o risco de nos vulgarizarmos e passarmos a ser dependentes, coisa que em nós nunca aconteceu nem pode acontecer.

É muito saudável não ser vulgar, não que o vulgar seja ofensivo, mas é muito defensivo e pouco criativo. Temos de ser mais agressivos e mostrar que somos capazes de mais, participando e espevitando tudo e todos. No dia a dia somos confrontados com muitas e diversas formas de desafios que nos enriquecem o espírito, a mente e provocam o gosto pela comunicação.

Apesar de nos últimos tempos não ter colaborado muito neste Blogue, pelo facto apresento as minhas humildes desculpas, mas outras coisas muito importantes da minha vida e também a velha preguiça me impediram de o fazer.

Hoje acordei, e como todos os dias o faço, abro o SITE do Blogue e vejo mais uma vês que só a Ilda e a Severa honra lhes seja feita têm feito alguma coisa, não se esquecendo de dar os parabéns a alguém que fez ou vai fazer anos ou de escrever algo de útil e preciso. Fico preocupado porque todos nós os contribuidores do Blogue sem compromisso é verdade dissemos que não íamos esquecer esta via de comunicação.

No último encontro foi solicitado a todos pelo Borges Lopes colaboração. Esta não veio, mas nós que somos uma equipa vencedora e em equipas desta natureza não se mexe, aperfeiçoa-se e aumenta-se. Convido todos os leitores desta pequena crónica a fazerem as suas publicações neste espaço. Incluam nele tudo o que de bom acharem de interesse comum e global, pois isso alimenta não só o nosso Ego como deixa viva a nossa chama.

Vou estar de férias cerca de um mês a partir do dia 21 mas na minha pausa vou tentar alinhavar mais e melhor. Como vou aos Açores passar umas férias vou colher muita imagem, vou estar na Ilha Terceira numa altura de festas muito populares, depois publicarei fotos e sobre isso escreverei.

Por último, certamente haverá colegas que querem efectuar publicação de artigos ou crónicas, mas não conseguem porque não são contribuidores, para isso deverão possuir acesso que só o Borges Lopes como Administrador do Blogue o pode fazer. Penso que ainda esteja ausente, mas isso não impede de poderem publicar texto e ou imagem, se tal for podem enviar o que entenderem para o meu e-mail amandio@nunocaldeira.com que em vosso nome farei a publicação.

Um abraço a todos