Está o Estado refém de grupos económicos?
Na verdade cada vez mais é isso que podemos constatar. Fruto, também, da globalização e da dificuldade dos próprios Estados perante grupos cada vez mais poderosos.
O caso dos combustíveis é um "bom" (aliás mau) exemplo da posição do Estado/Governo perante os grupos económicos.
Quem tem poder - como os camionistas, os pescadores os taxistas e outros - consegue benefícios a seu crédito. Quem não tem poder – como os consumidores em geral - para influenciar os decisores políticos fica sempre a perder.
Assistimos durante algumas semanas a fortes debates sobre a existência ou não de conluio entre as petrolíferas na subida dos preços dos combustíveis; houve semanas em que todos os dias os preços subiram; e até houve dias (se bem me lembro) em que os preços subiram por duas vezes.
Eram as consequências da subida do preço do crude, diziam as petrolíferas representadas pela APETRO.
Finalmente a AdC veio dizer "nada"; o Governo cedeu a pressões de grupos económicos e até parece que os preços dos combustíveis deixaram de subir.
A realidade tem sido outra!
Na verdade, e como exemplo, nos postos Galp, o preço do gasóleo (como os de outros combustíveis) continuou a subir: passou de 1,424 € no dia 6 de Julho para 1,431 € no dia 14 e, ainda, para 1,434 no dia 19. Paralelamente, e pelo menos nas duas últimas semanas, o preço do crude baixou. O que devia dar lugar, como é óbvio, à redução dos preços do gasóleo e gasolina.
Assim não aconteceu! E foi preciso a opinião pública voltar ao assunto para que as petrolíferas (obrigadas) baixassem os preços nos postos de abastecimento. Mas, ao contrário do que se verificou nas subidas, a descida é agora muito suave. E ficamos a saber que o seu ritmo passa a ser “por referência” à média semanal do preço do crude. Ou seja, a descer, só de semana a semana!
Ora isto é batota! E batota grave! E o Governo, particularmente o Senhor Minsitro da Economia, mantém-se em silêncio.
Assim e mais uma vez, temos que apelar a Robin dos Bosques para que volte. E volte depressa. Mas que se não deixe levar em conversas.
Porque como diz o Zeca: eles comem tudo; eles comem tudo e não deixam nada…
Como qualquer ladrão, também estes depois de se habituarem a roubar, não mais param, e vão continuando a criar mais "antros" aqui e ali para mais facilmente poderem "sacar" aos nossos já magros bolsos o que lhes apetece.
ResponderEliminarValha-nos que as "CATANAS" Ainda são de venda livre, até ao dia em que comecem a trabalhar, e têm uma vantagem não fazem barulho.
ZéLobo