segunda-feira, 30 de abril de 2007

RECORDAR É VIVER

Há algum tempo tinha colocado 2 fotos que me tinham sido cedidas pelo nosso Colega António Abrantes Castanheira. Agora, vou publicar mais 4, que me foram facultadas por ele, para relembrarmos colegas (uns que já não estão entre nós) e outros que nos vão acompanhar no próximo Encontro de 19 de Maio, que se está a aproximar.



Neste "Jantar de Aniversário", estou a condecorar o Castanheira sob o olhar atento do Sr. Dr. Manuel Vinhas. Sentado à mesa está um Director da CUCA ladeado pela D. Maria Manuela Castelo Branco.




Nesta foto, vão identificar e relembrar o Serra, a Mulher e a Filha, o Furtado da Silva e a Mulher, o Castanheira e a Mulher e o Sérgio Rodrigues e a sua Mulher, todos rodeando o Colega Lafayete da Silva Matos e sua Noiva, no dia do seu casamento.




Aqui, nesta foto vemos bastante escondido o João Negrão e o outro parece-me ser o Barreira. No conjunto de frente e encostados à montra da Pastelaria Paris, vêem-se o António Castanheira, o José Maria Vale e o nosso saudoso Fernando Sentieiro.



Neste grupo de costas, localizei o Rogério Paiva. O outro colega que não consigo identificar e junto a eles de lado o João Nuno Paiva, irmão do Rogério, a olharem para traz, estão o António Abrantes Castanheira e o Alberto Paiva e um pouco à frente dele o Fernando Serra.

Se virem algum nome mal colocado digam, pois trata-se de um misto das minhas lembranças e das do Castanheira.

Um abraço para todos em especial para o Castanheira, que me cedeu estas fotos.
Ilda Simões.

sábado, 28 de abril de 2007

Sem concorrência...






Com o devido respeito pelos "artistas" deste Blogue.




















Só me reformo da vida quando a vida me reformar...

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Garantidos

Caros colegas, o Renato Santos sugeriu que eu efectuasse a publicação do nome dos inscritos para o n/encontro. Concordo com a ideia, como tal vou indicar os nome dos inscritos que até ao dia de hoje totalizam 142 pessoas, mas que espero nos próximos dias venha a aumentar.

Para consultar a lista,
clik aqui!

De hoje a oito dias vou fazer a actualização, espero ter a grata surpresa de no mínimo dos mínimos multiplicar por 4.

Um abraço a todos.


20/04/2007

Garantidos - actualização

Espero nos próximos dias mais inscrições devido ao inúmero número de telefonemas recebidos.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

QUEM SE RECORDA DO DR. SILVA MAIA?

Aqui está uma foto do Dr. João Manuel da Silva Maia, que foi Inspector Chefe dos Serv. de Inspecção no BCA em Luanda e mais tarde Director do n/Banco em Moçambique.

Regressou tempos depois a Luanda, onde acabou , após a tomada do BCA p/MPLA, como Presidente do Conselho de Gestão, até à nacionalização e extinção do BCA em 1/01/1978.

Vive actualmente entre Bruxelas e Cascais.

Nesta foto encontrava-se na Mauritânea.

Este ano não nos pode acompanhar no Almoço de Convívio, por estar já comprometido, na mesma data, com um casamento de um familiar. Envia saudades para todos os Colegas.

30.04.2007 - Rectificação, ao texto acima.

1 - O Sr. Dr. Silva Maia depois do 25 de Abril de 1974, não voltou a Angola;
2- Foi efectivamente Presidente do Conselho de Administração do BCA em Moçambique, desde que o mesmo ficou sem Administração, até à nacionalização da Banca, naquele País, até 1.01.78;
3 -A foto que apresentei, não foi tirada nem em Angola, nem em Moçambique , mas sim na Mauritânea.

Creio ter desfeito todas as dúvidas e peço imensa desculpa pelas incorrecções ao Dr. Silva Maia.

Ilda Simões

quarta-feira, 25 de abril de 2007

RECORDAR É VIVER - FOTOS DO CASTANHEIRA


Aqui vos trago 3 fotos das que me foram enviadas pelo António Abrantes Casta-
nheira, para recordarmos mais alguns Colegas, embora quer a ele quer a mim me faltem alguns nomes.
Na primeira a cores, à esqª.
Vê-se a cara do Lafayete da
Silva Matos, Fernando Sen-
tieiro, o Sr. Manuel Lopes
Ramires, o António Casta-
nheira, a Mimi, o José Ma-
nuel Guedes Ferreira e o Sérgio.Em baixo reconheço as caras mas não me lembro dos nomes. O Sentieiro, o Sr. Ramies e o Sérgio, foram colegas que já partiram deste mundo, mas que serão sempre relembrados com muita saudade.
Na foto abaixo, também à esquerda, vê-se o Castanheira, o Gouveia, o Manuel Duarte de Almei-
da e o Sr. Ramires.
E finalmente à direita o Castanheira, o José Rodrigues Martins, o Sr. Costa Pereira e o Colega Gomes. Oportunamente irei fazer nova postagem c/outras fotos que o Castanheira teve a ama-
bilidade de me enviar, para que todos possam ser relembrados neste Blogue.
Até lá recebam um até sempre da Colega e Amiga. Ilda Simões

terça-feira, 24 de abril de 2007

Revista "O Bancário" do SBSI - Publicada em 24.04.2007


Os nossos agradecimentos à Direcção de "O Bancário" e ao
Snr. Diamantino Reis, da Secção dos Reformados do SBSI.

Muita parra e pouca uva !

Hoje, é precisamente o contrário. Pouco texto e mais fotografias.

O Alentejo, continua lindo e, como disse o Chilócas há dias, nós neste domingo, também fomos “alentejanar”.

Alentejo - Primavera de 2007

Alqueva – vista do Castelo de Monsaraz
Castelo de Monsaraz
S. Pedro do Corval – olaria
Reguengos de Monsaraz – Prova de vinhos na Coop. Ag. de Reguengos de Monsaraz - CARMIM

Foi o que se chama um dia em cheio, em todos os sentidos.

Nesta altura leva-nos a imaginar um enorme tapete de fundo verde, salpicado de flores minúsculas que, pela sua profusão, constituem manchas de cores variadas (brancas, amarelas, anil, azul ultramarino) e que constituem o tratamento final daquela obra prima.

Visitem ou revisitem o Alentejo!

Como diz o nosso amigo Teixeira da Mota, no seu post :
...
NÃO SE REFORMEM DA VIDA ..."


domingo, 22 de abril de 2007

O ecletismo do Grupo Desportivo do ex-BCA

VOLEIBOL

Por este blogue passaram já várias referências e fotos alusivas à actividade do Grupo Desportivo e Cultural do ex-BCA. O tema não esgotou e merecerá outros contributos.

Se a primazia do tema foi até aqui compreensivelmente polarizado no hóquei em patins ( pelos êxitos e talentos dos seus atletas ), o voleibol, basquetebol, futebol de salão, andebol, xadrez, bridge, automobilismo…até o tiro ao alvo foram modalidades com alguma expressão no panorama desportivo angolano, para além de iniciativas culturais que faziam jus ao estatuto do Grupo.

Hoje, falo da minha dama ( não é essa, Amigos ! ): o
VOLEIBOL.

Crónica campeã dos campeonatos regionais e provinciais ( então chamados de “corporativos” ), manteve durante anos completa supremacia, vencendo ainda o único Angola-Moçambique dos anos 70 e participando em diversos torneios para os quais era comumente convidada. Não só em Luanda, como no Uíge, Huambo, Lobito, Cabinda, etc. deu a nossa equipa indesmentível contributo para o ressurgimento e expansão do voleibol angolano.

Honra-me ter sido jogador-treinador dessa equipa, de 1970 a 1975, nela pontificando o Zézé, Baganha, J. Freitas, Chilocas, Branco, Pereira, J. Capon, Anapaz ( sempre vens ao nosso Convívio ? ), Altamiro, Zé Vale e outros mais, com seccionistas dedicados como o saudoso Hélder Galaz.

Quantas taças e medalhas, quanto desporto pelo desporto !

Ficam as recordações ainda das ceias pós-treinos e jogos, das assistências ( sobretudo as femininas ), dos estágios divertidos e também do carinho dispensado à equipa pela Administração do Banco e pela Direcção do Grupo Desportivo.

É altura, aqui chegado, de “passar a bola” ao António Borges Lopes, para “rematar” este texto com um “bloco” fotográfico, que ainda conservo na “rede” de uma velha mala.

Vamos aproveitar o nosso grande Convívio de 19 de Maio e combinar um encontro da “velha guarda” para data sucedânea ? Desafia-vos o


Luís Teixeira da Mota



sábado, 21 de abril de 2007

Encontro de 19 de Maio

Caros colegas

Enviei em 17 do corrente para os CTT 150 cartas com convocatória para o encontro de 19 de Maio, dirigida a todos aqueles que não responderam ao enviado em 7 de Fevereiro, da mesma forma enviei 28 e-mail.

Falei nesse dia com um colaborador da Empresa os Três Pinheiros que me disse no máximo poderem no próprio dia executar mais 10 a 12 refeições, pelo que em meu nome e da Comissão que represento, solicito a todos aqueles que lerem esta informação e que queiram estar presentes, se inscrevam respeitando a data aposta na última informação.

Declinamos toda e qualquer responsabilidade que possa advir a todos aqueles que comparecerem no próprio dia sem que nós tenhamos conhecimento. Agradeço a divulgação desta informação.


Um abraço a todos

sexta-feira, 20 de abril de 2007

COMPANHEIROS: NÃO SE REFORMEM DA VIDA !

Ao terminar a leitura pausada de “O erro de Descartes”, do Prof. António Damásio, retive, entre outras, uma conclusão que desfez uma dúvida que me acompanhava desde a fase adulta: “as emoções fazem parte do raciocínio, mas quando exageradas destroem-no”.

Vem isto a propósito do arrepio que me atravessa a alma sempre que desaparece para sempre um amigo ou amiga de longa data.

E ao ler no nosso Blogue, ou nas mensagens entre Companheiros, a notícia da partida sem retorno de mais um dos nossos - fria mas necessariamente registada na base de dados que vai estiolando - presto em oração silenciosa um preito à sua memória; mas consigo sublimar a tristeza desses momentos, não através do fatalismo ou da morbidez, mas da serena e controlada emoção que a crença na Vida acaba por trazer para o plano racional.

Tenho por “assassina” a frase comum que parece ser a petrificação da vontade, o anúncio da inércia ou a extinção do estímulo: chegámos à terceira idade, ou mesmo à quarta idade…como quem diz que não podemos mais progredir e só nos cabe olhar para trás, como que acomodados para a eternidade.

Prefiro, meus caros Companheiros, chamar-lhe a idade de ouro, tal como as Pousadas de Portugal qualificam ( e não classificam ) os seus clientes na faixa dos 65 anos. Inteligentemente.

A esperança de vida continua a aumentar. Vive-se mais, mas é preciso acrescentar qualidade a essa vida, mantendo o corpo e a mente sãos. Já educámos gerações; ocupemos outros ofícios ou artes menos exigentes, continuemos diligentes nas solidariedades, cultivemos “hobbies”, cuidemos melhor da saúde – porque os sentidos vão pregando partidas e as feridas são agora mais difíceis de cicatrizar. Combatamos a inactividade e exercitemos a memória, recusando a solidão, mantendo a nossa autonomia.

Sublimemos, pois, as emoções e as angústias na racionalidade de um conceito aparentemente simples: o que é feito do nosso futuro ?

Por outras palavras: NÃO SE REFORMEM DA VIDA !

Luís Teixeira da Mota

Passeio ao Castelo de São Jorge - Lisboa


Enquanto não aparece a bem vinda, necessária e saudável “concorrência”, resolvi escrever mais umas linhas, no nosso blogue.

Nesta tarde bonita, que convidava ao passeio, atravessámos a rua e entrámos no Metro. Lá fomos, eu e a Alice, comodamente sentados, sem nos preocuparmos com as complicações de trânsito que a essa hora se sentiriam no exterior. É uma forma agradável de viajar, lendo o jornal que a empresa oferece aos utentes, ou observando quem entra e quem sai, quem conversa com a companhia que leva, ou quem fala ao telemóvel, em tom pouco discreto (e que assuntos às vezes partilhamos sem querer).

Neste momento, ando a tratar de documentação, para receber do Millenium BCP, o complemento de reforma, a que tenho direito, pelo tempo de empregado bancário, no grupo BPA.

Feitas estas diligências, saímos do Sindicato em direcção aos Restauradores, passando depois pela bela Praça dita do Rossio onde apreciámos a monumentalidade da Estação ferroviária da mesmo nome (agora de cara lavada), a beleza do Teatro D. Maria II, e o fervilhar de vidas que por ali vão passando ou estando.

Chegámos ao Largo Martim Moniz, que já faz parte da chamada “mouraria”, que, como o nome indica, era zona de mouros, que ao longo dos séculos, pela força ou pelo jeito, se foram tornando cristãos. De há anos a esta parte tem sido repovoada por outros povos, principalmente asiáticos e africanos, que pulverizam numa vasta actividade comercial, trazendo-nos as fragrâncias e aromas das especiarias de outros tempos. Aqui apanhámos o eléctrico nº 12 em direcção ao Castelo de S. Jorge. Pelo caminho, fomos observando as habitações antigas, com as características "águas-furtadas", deste bairro típico lisboeta, entre elas as da rua do Capelão, da Severa e do fado, hoje habitadas, na sua maior parte por lisboetas idosos.

O revisitar ruas por onde há muito não passava, fez destes poucos minutos uma pequena viagem de recordações dos meus anos mais frescos. Na Calçada dos Cavaleiros, lá estava o local de trabalho do meu avô paterno, uma entrada baixinha num prédio também baixinho, estreito e centenário, onde ele permanecia sentado, à espera do próximo eléctrico, para operar a “agulha”. Tinha a profissão de agulheiro da Carris, e isto passava-se na primeira metade do século passado, quando o percurso do eléctrico terminava em São Tomé.

Chegados ao Castelo constatámos que, contrariamente ao que a minha memória registava, hoje era necessário “pagar para ver”. Bem visível havia um cartaz que exibia os preços de ingresso. Mais uma vez “os tramei”, porque me incluía nas excepções, e por isso não paguei nada. Às vezes o ser “idoso”, tem destas vantagens!

Do alto das ameias desfruta-se um panorama soberbo, que nos transporta, na outra margem, desde Alcochete até à Trafaria, e a nossos pés a querida cidade de Lisboa, que com o rio mantém uma relação de namoro que não esmorece desde há muitos séculos.

Foi uma tarde bem passada. Venham conhecer Lisboa !

quarta-feira, 18 de abril de 2007

RECORDANDO......

Esta foto foi-me enviada pelo Colega José António Martins dos Santos, que já sabemos este ano não pode estar presente no n/Almoço de
Convívio de 19 de Maio, devido a problemas familiares.
No entanto e para recordar, mandou-me esta
foto, que só consegui hoje postar, porque um intruso me enviou um virus para o m/PC, que
me impossibilitou de trabalhar com ele durante uns dias.
Mas agora cá estou de novo com esta foto em que se vê em cima e da esquerda para a direita o aludido colega Martins dos Santos, seguido de outro cujo nome não recordo, depois o Couto Cabarl das Letras e mais 2 cujos nomes me falham,
embora pareça que os estou a ver. Tenho tentado relembrar os seus nomes mas não me consi-
go recordar e o Martins dos Santos, também não se lembra.
Em baixo e também da esquerda para a direita o primeiro não recordo o nome e a seguir os inconfundíveis, José Maria Pereira do Vale e o Jorge Gustavo Ferreira Estevão, que foi Chefe da Secção de Mertrópole e Ultramar.
Quem se lembrar dos nomes dos restantes que os vá dizendo, para ver se esta minha memória fica melhor. Artur tu quase de certeza que dizes os nomes de todos.
Amanhã inicio a postagem de 7 ou 8 fotos que me foram enviadas pelo n/Colega´e meu velho Amigo António Abrantes Castanheira, para o revermos bem como a outros que ainda cá conti-
nuam e outros que já se foram, mas que realmente é sempre bom recordar.
Desculpem-me, mas é uma das minhas características e um gosto dos maiores que tenho, rever
e mostrar-vos fotos dos n/Colegas e dos n/tempos no BCA.
Um abraço da Ilda Simões para todos e um obrigado ao Martins dos Santos.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Notícias de Luanda...

Perguntei ao Anapaz se ía estar presente no nosso próximo Encontro.

E a resposta foi...

...vou tentar minha querida amiga, vou tentar. Não está nos meus planos por causa dos jogos olímpicos de Pequim para 2008. ...Mas talvez vá aí por 15 dias. Um grande abraço.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Mais uma recordação...


Último rallye do BCA. - 1974

A braçadeira verde, de "Comissário" era do saudoso Frenchi Henriques, grande amigo dos ex-BCA's, relacionados com o Grupo Desportivo, e colaborador no nosso Rallye.

No fim do Rallye, ofereceu-me a sua braçadeira com uma dedicatória.

A braçadeira vermelha, foi a que eu usei. BL

quarta-feira, 11 de abril de 2007

O Coelhinho da Páscoa

Na Beira Alta, agora dita “Interior”, terra das origens dos meus antepassados, quando chegava a Páscoa, havia sempre rancho melhorado. Além do bom Borrego assado no forno, havia muitas outras iguarias, como o Bolo de Azeite, Bolo de Páscoa, Carolos, Chouriças e Farinheiras, Matrucos, Papa de Abóbora, Pão Alveiro, Pão de Ló, Queijo da Serra e Requeijão; Licor de Pêra. Enfim… tudo do bom e do melhor.

Num passado domingo de Páscoa, a família resolveu juntar-se com amigos na "minha" aldeia beirã, chamada Vila Franca da Beira. Cansados do bulício da cidade, gozávamos o sossego impressionante que nos rodeava, de quando em vez cortado pelo chilrear das andorinhas que pela manhã, voavam rápidas, junto às nossas janelas, a caminho dos ninhos nos beirais. Até o buzinar das carrinhas do padeiro, e do peixeiro, que nos trazia peixe (muito mais fresco do que aquele que por vezes compramos nos supermercados), vindo directamente da Figueira da Foz, não constituíam para nós qualquer desconforto.

Naquele domingo, a anfitriã decidiu-se por um coelho guisado. Sendo muito boa cozinheira, com experiência acumulada ao longo dos tempos, o resultado foi um coelho “divinal”. Nada de coisas complicadas, nem sequer o uso da carqueja, para dar aquele gostinho de mato, como por vezes fazem os caçadores. Nada disso! Era um coelho “caseiro”, comprado a uma vizinha, dias antes da nossa chegada.

a minha casinha de granito

Família e amigos, reunidos à volta da mesa, no pátio que se antevê, nesta fotografia, por trás do muro da casa, enquanto saboreavam o gostoso repasto, iam conjecturando sobre como eram criados aqueles animais, bons talos de couve, boa erva apanhada no campo (por vezes um pretexto justificado para uma boa conversa na caminhada), com aquela paciência, quase “devoção”, que caracteriza este povo. Enfim, cabia-nos fazer as honras a um genuíno coelho caseiro.

Eis senão quando fomos interrompidos pelo apito estridente de uma carrinha que chegava, precisamente a meio do nosso almoço. Indaguei quem seria?. Responderam-me com toda a naturalidade, a esta hora deve ser o homem da ração para os animais.

Num segundo ruiu toda a nossa fantasia. “Coelho caseiro”, só se for por ser cozinhado cá em casa! Fez-me lembrar o empregado do restaurante que, ao ser indagado se a mousse de chocolate é caseira, responde sempre que sim “o meu patrão compra os “poses” na Makro e depois faz-se a mousse cá em casa”…

Como em tudo na vida também neste caso há o verso e o reverso.

Por um lado, a desilusão dos circunstantes por já não poderem deleitar-se com um coelhinho à moda antiga, mas por outro, o agrado de saber que afinal os sinais de interioridade destas terras vai-se esbatendo cada vez mais. Este tipo de modernices, “infelizmente” também já cá chegaram. BL

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Ainda sobre: O fenómeno do "estranhamento" - Post da Severa

Concordo em absoluto com o texto da nossa amiga Severa, que resolvi comentar. No entanto, dada a extensão que lhe dei, a oportunidade do mesmo, a renovação de um convite, e o desejo de que não se perdesse no horizonte temporal de um comentário, decidi fazê-o sob a forma de "post".

Por vezes, para manter alguma vivacidade que concordaremos tem sido pouca, vamos "metendo", no nosso blogue, alguma coisa. Umas vezes com algum interesse, outras vezes com pouco. Umas vezes com utilidade (caso da pesquisa de colegas ou endereços) , outras vezes nem tanto. Pela minha parte, geralmente opto por umas pequenas "inclusões", na área da informática! Procuro ser selectivo naquilo que envio, suscitando, pelo menos, a tal "curiosidade", que leva a fugir da rotina e, ainda mais, da inacção.

Num blogue que tem acesso médio diário de cerca de 50 visitantes ( não repetitivos), seria suposto haver maior número de participações escritas. Apesar de tudo, a nossa situação não é má, tomara muitos blogues terem o "interesse" que o nosso tem.

Fazendo uma analogia com o velho ditado sobre as cores: "se todos gostassem do mesmo o que seria do amarelo?" Na diversidade é que está a beleza do arco-iris. Cada pessoa tem o seu estilo, e os seus temas de eleição. Deixemos, pois, vir a "matéria prima", mais ou menos burilada (desde que cumprindo aquele pequeno conjunto de regras, já afloradas). É certo que os participantes actuais na feitura do blogue, são na realidade "Um Grupo de Amigos", mas - aqui surge a renovação do convite - a participação é aberta a qualquer ex-BCA (consideramos todos como Amigos) que o pretenda fazer, bastando para tal solicitar as necessárias instruções ao (aborgeslopes@gmail.com).

Voltando ao texto, ele é muito pertinente. Na minha opinião, considero importante que ninguém se escude na timidez para justificar a sua não participação.Venham os escritos.

No meu post abaixo, publicado também hoje: " Nem pensem!... Não vão ficar assim!... " já tentei "introduzir" algumas das dicas que foram respigadas do texto ( transcrição de Carlos Reis, apresentado pela Severa). Tentei que se enquadrasse em : estranheza; susceptibilidade de trazer modificações ao comportamento do leitor; motivação; imprevisível; e original. Concordo que peca por ser grande. Estou sempre disponível para aprender! E quem sou eu para aspirar mais?! Sou um simples informático reformado que vai estando vivo.

Desejo a Todos uma Páscoa Feliz !

BL

Nem pensem!... Não vão ficar assim!...

Há dias, numa destas manhãs primaveris, passei algumas horas de “todo o tempo do mundo” que tenho agora, no Parque Eduardo VII, cá na minha cidade.

De vez em quando aflora-me um forte desejo de pintar e, nesse propósito, fui ver se captava a imagem, para depois transpor para a tela, de uma das vistas mais apreciadas de Lisboa. Do alto do Parque vê-se uma faixa de Lisboa até ao Tejo, passando mesmo para a outra margem, alcançando, com o horizonte limpo, a serra de Palmela ou mesmo a da Arrábida.


Esta Rua larga, no topo da qual existem duas grandes colunas encimadas por argolas douradas, (erguidas pelo Estado Novo), coabitando com o monumento saído das mãos de Mestre Cutileiro em homenagem à dita “Revolução dos Cravos”, chama-se Alameda Amália Rodrigues.

Na margem norte desta Alameda, situa-se um Jardim muito bonito, também com o nome da nossa saudosa fadista.

Foi nesse jardim que encontrei a estátua apresentada neste “post”. As formas avantajadas da escultura, num tempo em que se advoga a beleza feminina de corpos quase escanzelados, provocaram-me certa estranheza e sobretudo curiosidade, pelo que cheguei mais perto, para ver do que se tratava…


Olhando aquela figura, assaltou-me um pensamento inesperado, relacionei-a com o nosso próximo convívio de Maio, na Mealhada, e disse cá para os meus botões, aqui está um motivo para escrever algo para o nosso blogue, que ultimamente tem estado muito “parado”….

Perguntar-me-ão, e o que é que tem a ver a escultura com o al
moço? absolutamente nada, mas com o meu pensamento? tudo.! Será que alguns ex-colegas nossos, pensarão, como eu penso também: “… Lá vou eu para uma almoçarada, comer à “fartazana” e depois o corpo é que paga: colestrol, coração etc. etc …” e para não terem problemas com a dieta, desistem!

As pessoas que assim pensarem, podem estar descansadas que não vai acontecer nada disso. Na escolha do restaurante, houve a opção da qualidade em detrimento da quantidade. Mas descansem também os mais “comilões” que não irão passar fome.

Venham, pois, que, mais importante que o almoço é o convívio (tivemos uma boa prova disso em Setembro passado). Ao contrário do almoço, o convívio terá uma digestão muito mais dilatada no tempo, mercê das recordações certamente agradáveis que ali trocaremos todos.
Venham!

PÁSCOA FELIZ PARA TODOS


Caros Colegas,
Vou estar ausente até 9 de Abril, corrente.
Por essa razão, deixo aqui os meus votos sinceros de Páscoa Feliz para todos e respectivas Famílias.
Comam amendoas....... moderadamente, pois em quantidade, já estamos numa idade, em que não nos faz muito bem à saúde.
Um beijão para todos vós, da Colega Ilda Simões e de toda
a sua família.
UMA BOA E FELIZ PÁSCOA PARA TODOS E VOSSAS
FAMILIAS.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Revista Nortada


Mais uma vez foi publicado na Nortada, publicação do Sindicato dos Bancários do Norte um texto destinado aos Ex-BCA, já deu os seus frutos, já recebi contactos provenientes da sua leitura. Em nosso nome, os meus agradecimentos ao SBN.

O fenómeno do "estranhamento"

“...Consiste em provocar no leitor a estranheza que contraria a rotina.
...
Se uma mensagem é o que serve para modificar o comportamento do receptor, o seu valor é tanto maior quanto maior a susceptibilidade de trazer modificações ao comportamento do leitor.
...
Não existe motivação, quando o receptor conhece perfeitamente, por força da habituação, os mecanismos de uma mensagem facilmente descodificada.
...
O efeito inovador só se concretiza efectivamente, quando reconhecido à custa de um grau mais ou menos acentuado de estranheza.
...
É preciso produzir uma situação de ruptura, introduzir no discurso um grau de novidade, provocar um certo efeito surpresa por força daquilo que sendo inovador, aparece como inesperado.
...
Não é preciso que a mensagem seja longa, mas antes que seja nova.
...
O valor da mensagem está ligado ao inesperado, ao imprevisível e ao original...”

Carlos Reis “O Conhecimento da Literatura”

Sem pedagogia, trago-vos um pedacinho de leitura ajustado às nossas necessidades.
A reprodução do texto que acabaram de ler é de certo modo intencional.
Não faltam leitores ao nosso Blog, mas os que temos já não respondem a “...determinados contextos padronizados e lugares comuns estafados...”.

A tal estranheza, faz falta !