Há dias, numa destas manhãs primaveris, passei algumas horas de “todo o tempo do mundo” que tenho agora, no Parque Eduardo VII, cá na minha cidade.
De vez em quando aflora-me um forte desejo de pintar e, nesse propósito, fui ver se captava a imagem, para depois transpor para a tela, de uma das vistas mais apreciadas de Lisboa. Do alto do Parque vê-se uma faixa de Lisboa até ao Tejo, passando mesmo para a outra margem, alcançando, com o horizonte limpo, a serra de Palmela ou mesmo a da Arrábida.
Esta Rua larga, no topo da qual existem duas grandes colunas encimadas por argolas douradas, (erguidas pelo Estado Novo), coabitando com o monumento saído das mãos de Mestre Cutileiro em homenagem à dita “Revolução dos Cravos”, chama-se Alameda Amália Rodrigues.
Na margem norte desta Alameda, situa-se um Jardim muito bonito, também com o nome da nossa saudosa fadista.
Foi nesse jardim que encontrei a estátua apresentada neste “post”. As formas avantajadas da escultura, num tempo em que se advoga a beleza feminina de corpos quase escanzelados, provocaram-me certa estranheza e sobretudo curiosidade, pelo que cheguei mais perto, para ver do que se tratava…
Olhando aquela figura, assaltou-me um pensamento inesperado, relacionei-a com o nosso próximo convívio de Maio, na Mealhada, e disse cá para os meus botões, aqui está um motivo para escrever algo para o nosso blogue, que ultimamente tem estado muito “parado”….
Perguntar-me-ão, e o que é que tem a ver a escultura com o almoço? absolutamente nada, mas com o meu pensamento? tudo.! Será que alguns ex-colegas nossos, pensarão, como eu penso também: “… Lá vou eu para uma almoçarada, comer à “fartazana” e depois o corpo é que paga: colestrol, coração etc. etc …” e para não terem problemas com a dieta, desistem!
As pessoas que assim pensarem, podem estar descansadas que não vai acontecer nada disso. Na escolha do restaurante, houve a opção da qualidade em detrimento da quantidade. Mas descansem também os mais “comilões” que não irão passar fome.
Venham, pois, que, mais importante que o almoço é o convívio (tivemos uma boa prova disso em Setembro passado). Ao contrário do almoço, o convívio terá uma digestão muito mais dilatada no tempo, mercê das recordações certamente agradáveis que ali trocaremos todos. Venham!
Boa Borges Lopes.
ResponderEliminarGostei da tua prosa (como diriam os patrícios lá da terraça).
Também julgo que mais importante que as comezainas será o convívio entre pessoas que tiveram um passado em comum e que viveram com intensidade o crescimento do grande Bnaco que foi o BCA.
PASCOA FELIZ
Chilócas
BL,tenho estado um pouco afastado do Blogue porque de dia não posso dar atenção a nada que envolva a nossa área, motivado por motivos profissionais, porém atendo sempre aqueles que se me dirigem por telefone ou e-mail, e só à noite ponho a contabilidade da organização do almoço em dia. Quando esta marcha abrandar voltarei a estas actividades, um grande abraço e boa Páscoa para ti e família
ResponderEliminarBoa Borges Lopes, diz o Chilocas.
ResponderEliminarÓptima Borges Lopes, diz a Ilda.
É necessário insentivar os nossos Colegas de toda a maneira e feitio,
para que no próximo Maio, lá estejamos todos em força, para o n/Convívio anual, que para mim, vale mais pela tertúlia e pelo convívio do que pelo que se come.
Eu que sou uma "fala barato", nem me lembro da comida quando me sinto
perto de vós.
Mas, na medida do possível, tenho
em mente, uma restropectiva dos n/Serviços de Contabilidade, que há
tanto tempo ando a prometer e que tem ficado adiada, para ver se consigo encontrar colegas, com endereços incompletos, para não ouvir de outros, o que ouvi do nosso estimado colega Altamiro Figueira, que durante estes 30 anos nunca tinha sido convidado por
ninguém, para ir ao Almoço.
Por consequência, isto é assim, como o "share" das Televisões, o nosso Blogue tem os mesmos altos e baixos de audiência e de colaboração.
Um forte abraço para ti e família.