sábado, 25 de novembro de 2006

À VARA LARGA

Como sabemos a tourada à vara larga é uma das mais velhas tradições de festas com touros. E não há festas das nossas terras com tradições taurinas onde a Tourada à Vara Larga não tenha lugar.
Pois bem, o “À Vara Larga” de que me proponho falar-vos tem um sabor um tanto diferente.
Falo de um acontecimento que tinha lugar frequentemente nas tardes de Sábado e que juntava alguns dos trabalhadores do BCA. A iniciativa era de um dos nossos colegas, creio que da Tesouraria – de quem, com pena minha não recordo o nome – e que era um aficionado pelas touradas. Ou não fosse ele originário (ao que me recordo) do Ribatejo.
Assim, ali para os lados da Cuca, aquele grupo de colegas, bons foliões e folionas, e sobretudo bons comedores, juntávamo-nos numa quinta onde era pendurado um vitelo e um porco (pelo menos) e onde cada um tratava de si. Os assadores ali estavam, braseira bem viva, tal como hoje feita em tambores. E também havia sardinhas. Não faltava sobretudo o bom vinho e a boa cerveja, para além do Whisky e outras bebidas espirituosas.
E passávamos então uma tarde (longa, porque terminava já com o sol posto) onde não faltava sobretudo o Fado, brilhantemente cantado por artistas convidados e pelos mais “afoitos”.
Como devem imaginar, e muitos colegas poderão também vir a este nosso espaço falar do assunto com mais pormenor que eu, eram tardes de grande convívio e sã camaradagem. Esclareça-se que ao contrário do que se possa pensar – e sem haver quotas – as nossas colegas marcavam presença. E como éramos jovens (uns mais outros menos) digamos que todos comíamos e bebíamos verdadeiramente “À VARA LARGA”.
Um abraço especial para o nosso colega dinamizador da iniciativa, com desculpas por não recordar o nome, e todos os que partilhámos daquelas maravilhosas tardes.
Foi assim, com esta e outras iniciativas idênticas, que se criaram laços de amizade de que neste nosso “blog” têm vindo a ser “postadas” gratas recordações.

PS: Ilda, tenho quase a certeza de que participaste destes "acontecimentos" e tens provavelmente mais que contar do que eu.

2 comentários:

  1. TEIXEIRINHA.
    Tenho pena, mas destas não me lembro. Lembro-me de ir uma vez a um almoço, lá p/os lados da CUCA, mas não devia ser destes, pois o que me lembro dessa vez é que cada um escolheu um prato diferente e o Helder Galaz, disse que p/ele não escolhia nada, porque ele ia buscar um pouco ao prato de cada um e assim comia mais que todos.E assim foi.
    No entanto haviam colegas da Tesouraria, muito pândegos e amigos dessas "patuscadas". O Enxerto era um deles, mas mais não te consigo dizer.

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  2. ILDA,
    Não sei se o almoço a que te referes era um daqueles que, também de vez em quando, se faziam no restaurante Vilela para comermos o célebre bacalhau assado "à Vilela", que era demolhado em leite (ao que se dizia) e que a todos obrigava ao "pecado da gula".
    Destes almoços tenho algures fotos que aqui trarei dentro de dias (os papéis são muitos e como sabemos, quanto mais se guarda...).
    O Helder Galaz era um bom colega e certamente de bom apetite.
    Quanto ao Enxerto, tenho bem presente o nome mas...escapa-me a imagem pessoal).
    Na verdade aqueles almoços À VARA LARGA eram coisa diferente. Eram mesmo uma coisa "do outro mundo"!

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