RESTOS DE COMIDA, SACOS, GARRAFAS E LATAS VAZIAS "DANÇAM" NAS ONDAS.
O DESRESPEITO PELA ILHA DO MUSSULO.
2007-01-06 10:27:30
A ilha do Mussulo, em Luanda, apresenta-se pejada de lixo, situação que retira alguma beleza ao lugar paradisíaco como é considerado. Em muitos pontos da ilha é visível a quantidade de lixo como garrafas de bebidas diversas, restos de comida, sacos, embalagens de produtos vários e latas vazias.
O espectáculo constrange sobretudo na “língua” da espectacular ilha da capital angolana, onde o lixo se mistura à areia branca e às conchas acastanhadas que o mar lança para a beira.
O mesmo espectáculo é visto na superfície do mar, onde garrafas e latas “dançam” nas sua ondas , o que pressupõe que nas suas entranhas exista uma quantidade incomensurável destes detritos e outros resíduos.
A festa de Natal e de fim-de-ano e o feriado de 4 de Janeiro levaram à ilha centenas de milhar de visitantes, tidos pelos habitantes do Mussulo como os principais causadores da referida imundície.
«As pessoas que vêm para a ilha é que sujam as praias do Mussulo» argumentou um cidadão local ao “O Apostolado”. Já se fizeram muitas campanhas, mas somos sempre nós a fazê-las para que os que vêm de Luanda voltem a sujar a areia e o mar», disse um outro popular.
Organizações que trabalham para a protecção do ambiente consideram o Mussulo como estando muito próximo de um desastre ecológico, não só devido à lixeira em que vem transformando, mas também às construções de betão armado que se vão erguendo.
O Apostolado procurou ouvir, a propósito, a reacção da Administração local, mas não foi bem sucedido.
De qualquer dos modos fica o alerta às autoridades competentes, às organizações pró ambientais e à sociedade para o caos em que está mergulhado o Mussulo banhado por um mar outrora de águas bastante límpidas, hoje, segundo cidadãos, de qualidade duvidosa.
Duvidoso pode mesmo ficar o turista nacional e sobretudo estrangeiro, que entenda aventurar-se pelo Mussulo, quando verificar as más condições balneares que a ilha oferece no momento.
Rasgando o mar a Sul da capital angolana, a Ilha do Mussulo, um banco de areia algo estreito mas de bastantes quilómetros, fez desde sempre as delícias dos seus visitantes. Nos últimos 10 anos foi «assaltada» por «muito boa gente», que começou a disputar cada pedaço de terra do lugarejo, o que levou, inclusive, a mudanças radicais na vida animal e das próprias populações locais.
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