Prólogo
Depois de lerem ontem a Caixa de diálogo (2), não resisto a contar-vos, neste primeiro sorriso de 2007 – como diz a Severa – uma segunda historieta, com o mesmo palco (BCA), feita constar no tal livrinho destinado a estudantes de Relações Públicas. Esta, como a primeira, contada em estilo divertido, fez parte de um “processo de aprendizagem” – lembrado pelo Teixeirinha – por que todos passámos e que conduziu a estádios de competência…porque tínhamos a humildade de aprender, a vontade de corrigir e o apego aos valores da imagem institucional. Com todo o respeito pela figura e pelo seu apostolado marcante, sorriam, pois, com
AS “SAIAS” DO ARCEBISPO
Início dos anos setenta. No 20º. andar do Edifício-sede de um Banco em Angola – com uma leitura fantástica de quase 360º sobre a linda cidade de Luanda – tem lugar um jantar de cerimónia com as mais altas Autoridades locais. Convites extensivos às Senhoras.
O número e a qualidade dos convidados permitia um belo e equilibrado plano de mesa, com total obediência às regras protocolares, dado que possibilitava ao organizador – jovem técnico de R.P. a debutar nestas lides – intercalar Cavalheiros e Senhoras, com o especial cuidado de não juntar os casais.
Presenças confirmadas. Sala requintada. Serviço recomendado. Ambiente formal, mas de grande cordialidade.
E o imprevisto acontece: no último minuto, com os convidados prestes a ocupar os lugares marcados, o organizador é avisado de que faltava uma das Senhoras. Este vosso amigo segue a regra nº 1 de um técnico do protocolo: não entrar em pânico. E, num rasgo de audácia, em breves segundos, troca 2 marcadores de mesa e faz avançar delicadamente para o lugar da Senhora faltosa…o Arcebispo. Distraído ou por sua infinita bondade, Sua Excelência Reverendíssima ocupa humildemente o lugar que lhe destinei e, no final do jantar, não se esqueceu de agradecer ao anfitrião e aos companheiros de mesa as deferências recebidas, sem esquecer um cumprimento especial aos cavalheiros que o rodearam.
O último dos convidados a sair do salão, meu amigo pessoal e militar de profissão conhecido pelo sentido de humor e fidalgas maneiras, abeira-se do jovem organizador e segreda-lhe, com ar maroto e paternal: “Esteve tudo muito bem…mas lá porque o Arcebispo usa “saias” não convém pô-lo no lugar de uma Senhora…”
Esta foi para o debutante organizador a 1ª. lição prática de Protocolo Empresarial. E Deus por certo já lhe perdoou a ousadia.
Luís Teixeira da Mota
Depois de lerem ontem a Caixa de diálogo (2), não resisto a contar-vos, neste primeiro sorriso de 2007 – como diz a Severa – uma segunda historieta, com o mesmo palco (BCA), feita constar no tal livrinho destinado a estudantes de Relações Públicas. Esta, como a primeira, contada em estilo divertido, fez parte de um “processo de aprendizagem” – lembrado pelo Teixeirinha – por que todos passámos e que conduziu a estádios de competência…porque tínhamos a humildade de aprender, a vontade de corrigir e o apego aos valores da imagem institucional. Com todo o respeito pela figura e pelo seu apostolado marcante, sorriam, pois, com
AS “SAIAS” DO ARCEBISPO
Início dos anos setenta. No 20º. andar do Edifício-sede de um Banco em Angola – com uma leitura fantástica de quase 360º sobre a linda cidade de Luanda – tem lugar um jantar de cerimónia com as mais altas Autoridades locais. Convites extensivos às Senhoras.
O número e a qualidade dos convidados permitia um belo e equilibrado plano de mesa, com total obediência às regras protocolares, dado que possibilitava ao organizador – jovem técnico de R.P. a debutar nestas lides – intercalar Cavalheiros e Senhoras, com o especial cuidado de não juntar os casais.
Presenças confirmadas. Sala requintada. Serviço recomendado. Ambiente formal, mas de grande cordialidade.
E o imprevisto acontece: no último minuto, com os convidados prestes a ocupar os lugares marcados, o organizador é avisado de que faltava uma das Senhoras. Este vosso amigo segue a regra nº 1 de um técnico do protocolo: não entrar em pânico. E, num rasgo de audácia, em breves segundos, troca 2 marcadores de mesa e faz avançar delicadamente para o lugar da Senhora faltosa…o Arcebispo. Distraído ou por sua infinita bondade, Sua Excelência Reverendíssima ocupa humildemente o lugar que lhe destinei e, no final do jantar, não se esqueceu de agradecer ao anfitrião e aos companheiros de mesa as deferências recebidas, sem esquecer um cumprimento especial aos cavalheiros que o rodearam.
O último dos convidados a sair do salão, meu amigo pessoal e militar de profissão conhecido pelo sentido de humor e fidalgas maneiras, abeira-se do jovem organizador e segreda-lhe, com ar maroto e paternal: “Esteve tudo muito bem…mas lá porque o Arcebispo usa “saias” não convém pô-lo no lugar de uma Senhora…”
Esta foi para o debutante organizador a 1ª. lição prática de Protocolo Empresarial. E Deus por certo já lhe perdoou a ousadia.
Luís Teixeira da Mota
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ResponderEliminarMeu bom Amigo Teixeira da Mota,
ResponderEliminarParabéns por mais este excelente texto que deve ter sido para o jovem técnico de R.P. tão embaraçoso quanto divertido. Depois deve ter sido para os estudantes um bom exemplo para a vida futura.
Um abraço